Imagens mostram viaturas estacionadas e socorristas esperando pelo equipamento no Hospital de Urgências de Goiânia. Unidade afirma que situação ocorre por falta de vagas para internação.
Outro socorrista conta que a situação tem sido frequente. Segundo ele, sem as macas a equipe fica impedida de realizar novos atendimentos, o que acaba diminuindo a quantidade de viaturas disponíveis nas ruas.
“Eu já fiquei quatro horas preso aqui. Eu e vários colegas. Quando dá 17h tem que ir embora para casa e o motorista da noite que vem buscar a maca”, afirmou.
A falta de macas tem afetado, além das equipes de socorro, os próprios pacientes. O funcionário público Edilson Ferreira está com o filho de 17 anos internado na unidade desde a última segunda-feira (12). Ele conta que o jovem ficou sentado 13 horas em uma cadeira de rodas porque não tinha uma maca ou leito disponível para ele.
“Ele ficou na cadeira de rodas porque não tinha onde colocá-lo. Depois ele entrou para a sala de cirurgia e até agora ele continua dentro do centro cirúrgico porque não tem vaga na enfermaria para colocar ele”, contou.
Falta de vagas
Outro motorista de ambulância afirmou que a orientação do Hugo aos socorristas é que a equipe opte por levar os pacientes para outros hospitais de urgências da capital ou de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana.
“Para nós a ordem foi levar o paciente para o Hugol ou para o APA. Só que os dois também estão sobrecarregados”, disse.
Em nota, o Hospital de Urgências de Goiânia afirmou que a unidade está superlotada e que o plano de contingenciamento extrapolou sua capacidade máxima, entrando nesta quarta-feira (14) sem vagas disponíveis.
O hospital afirmou ainda que, “seguindo sua natureza assistencial de não negar atendimento a qualquer paciente, o Hugo acolhe esses pacientes, presta o atendimento de urgência, o paciente é assistido e permanece na maca da ambulância até a liberação do leito para sua internação”.