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Licitação para a construção da nova prefeitura já tem data marcada

Licitada em 2013 por R$ 17 milhões para ser a nova sede da Câmara Municipal, a obra foi iniciada em 2014 e paralisada em 2016, ano que deveria ser entregue. Em julho de 2021 o prefeito Roberto Naves (PP) apresentou os projetos arquitetônicos e anunciou o novo uso do local.

Está marcada para o próximo dia 10 de janeiro, às 9h30, a realização de licitação para escolha da empresa que irá desenvolver os projetos executivos para execução dos serviços de conclusão do prédio inacabado na Praça 31 de Julho, que será um novo centro administrativo da Prefeitura de Anápolis. 

O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial do Município no final da última semana de 2021. A concorrência pública será feita pela modalidade convite, com regime de execução de empreitada por preço global. O comunicado é assinado por Jefferson Adriano Lima de Souza, presidente da Comissão Permanente de Licitação da administração municipal. 

Em uma entrevista concedida nos últimos dias do ano passado, o prefeito Roberto Naves (PP) afirmou que entre seus objetivos para 2022 está o término dessa obra, que em seu propósito inicial, ainda na gestão passada dos governos petistas (Antônio Gomide e João Gomes) era que abrigasse a Câmara Municipal. 

O projeto arquitetônico elaborado para dar uma finalidade à obra inacabada da Praça 31 de Julho foi apresentado em uma solenidade em julho de 2021, nas comemorações do aniversário de Anápolis. A partir daí, os técnicos da prefeitura trabalharam para elaborar os projetos executivos que embasam o edital para a licitação. 

Antes de anunciar o término da obra, a gestão atual contratou uma empresa especializada para verificar se a estrutura que ficou sofrendo a ação do tempo – e mesmo os erros iniciais na execução do projeto antigo – tinha capacidade de suportar a sua conclusão e uso seguro pelo poder público. Os laudos apontaram que é possível reaproveitar o que já havia sido feito.

Licitada em 2013 por R$ 17 milhões para ser a nova sede da Câmara Municipal, a obra foi iniciada em 2014 e paralisada em 2016, ano que deveria ser entregue. Foram encontrados vários erros de execução e consumidos R$ 7 milhões dos cofres públicos.

Prédio inacabado foi submetido à análise de especialistas, que constataram a viabilidade técnica para que ele fosse concluído

O prédio inacabado acabou virando notícia nacional e objeto de denúncia do Ministério Público (MP). Relatórios do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) também apontaram erros na execução do projeto.  

Na ocasião, havia 42,6% de obra concluída. Além da falta de padrão entre o projeto arquitetônico e os complementares, o que acabou levando a erros na obra, faltava alvará de construção, licença ambiental, projeto do Corpo de Bombeiros, permissão da Celg (hoje Enel), entre outros.

O Ministério Público chegou a recomendar à Prefeitura de Anápolis que mandasse fazer um estudo minucioso para saber se a obra poderia ser concluída ou se seria o caso de demolição. 

Por decisão do prefeito, onde antes seria a Câmara Municipal ficará o centro administrativo, uma edificação com cerca de 6 mil metros quadrados de área construída, três pavimentos reservados para os setores administrativos e espaços como sala multiuso e auditório com 408 lugares.