Combata o mosquito todo dia. Embora seja o tema de uma campanha – a de combate ao Aedes aegypti –, essa frase deve servir como um lembrete permanente para a adoção de ações necessárias para se evitar casos de dengue.
Combata o mosquito todo dia. Embora seja o tema de uma campanha – a de combate ao Aedes aegypti –, essa frase deve servir como um lembrete permanente para a adoção de ações necessárias para se evitar casos de dengue. “A população e a administração municipal agindo em conjunto é o único caminho para evitar proliferação do mosquito e o aumento do número de pessoas infectadas e doentes”, destaca a gerente de endemias do município, Patrícia Godoy.
Ela esclarece que Anápolis, nesse momento, está fora do espectro de risco grave de desenvolver uma epidemia de dengue, mas é preciso que a população tenha consciência da importância de se realizar as já conhecidas medidas para que isto não aconteça. “Podemos começar cuidando do nosso quintal, retirando tudo que possa acumular água, acondicionando melhor nosso lixo, mantendo limpos os locais e ambientes que possam servir de foco”, enfatiza a gerente de endemias.
Segundo Patrícia Godoy, a cidade vinha se mantendo em um nível estável até novembro. Mas, com o início do período de chuvas, em apenas um mês foram registrados 140 casos de dengue. “Esse aumento repentino em tão pouco tempo é um alerta para que os cuidados sejam redobrados”, ressalta.
Outro ponto importante destacado por Patrícia é sobre as outras doenças causadas pelo Aedes aegypti. O mosquitinho, que se reproduz na velocidade da luz, também é responsável pela transmissão do Zika Vírus, da febre Chikungnya, da febre Mayaro e da febre amarela, embora a prevalência desta última seja mais comum na zona rural.
A gerente de endemias reforça que ações simples podem ajudar no combate ao mosquito e o segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas; descartar o lixo de forma adequada.
Se aparecerem sintomas que possam ser associados à dengue, a orientação é para procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência. Lá os profissionais da saúde farão os procedimentos para diagnóstico e encaminhamento para outras unidades, se necessário.
Dúvidas sobre atendimento e denúncias sobre possíveis focos do mosquito podem ser repassadas para o departamento de endemias pelo telefono 0800 646 0408. Esse atendimento está disponível de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.
Fique atento aos sintomas
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas, que podem durar entre 2 e 7 dias, como dor no corpo, dor de cabeça e cansaço, cuja intensidade pode variar de pessoa para pessoa. Além disso, é possível verificar na dengue a presença de manchas vermelhas na pele, febre, dor nas articulações, coceira e, nos casos mais graves, sangramento.
Os sintomas da dengue, porém, são semelhantes aos de outras doenças, como Zika, Chikungunya e Mayaro, que também são doenças causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, além de também ser parecido com os sintomas de virose, sarampo e hepatites. Por isso, na presença de sintomas sugestivos de dengue é importante que a pessoa vá ao hospital para que sejam feitos exames e se possa verificar se realmente é dengue ou outra doença, sendo iniciado o tratamento mais adequado.
1. Zika ou Dengue?
A Zika também é uma doença que pode ser transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que nesse caso transmite o Zika vírus para a pessoa. No caso da Zika, além dos sintomas da dengue pode também ser verificada vermelhidão nos olhos e dor ao redor dos olhos.
O sintomas da Zika são mais brandos que os da dengue e duram menos tempo, cerca de 5 dias, no entanto a infecção por esse vírus está associada com complicações graves, principalmente quando acontece durante a gravidez, podendo causar microcefalia, alterações neurológicas e a síndrome de Guillain-Barre, em que o sistema nervoso passa a atacar o próprio organismo, principalmente as células nervosas.
2. Chikungunya ou Dengue?
Assim como a dengue e a Zika, a Chikungunya também é causada pela picada do Aedes aegypti infectado pelo vírus causador na doença. No entanto, diferentemente dessas duas outras doenças, os sintomas de Chikungunya são mais prolongados, podendo durar mais ou menos 15 dias, e pode também ser verificada perda de apetite e mal-estar, além de também poder causar alterações neurológicas e a síndrome de Guillain-Barre.
É comum também que os sintomas articulares da Chikungunya durem por meses, sendo recomendada a realização de fisioterapia para alívio dos sintomas e melhora da movimentação da articulação. Saiba como identificar a Chikungunya.
3. Mayaro ou Dengue?
A infecção pelo vírus Mayaro é difícil de ser identificada devido à similaridade dos sintomas com os da dengue, Zika e Chikungunya. Os sintomas dessa infecção também podem durar cerca de 15 dias e, diferentemente da dengue, não são observadas manchas vermelhas na pele, mas sim inchaço das articulações. Até o momento a complicação relacionada com a infecção por esse vírus foi a inflamação no cérebro, chamada de encefalite.
4. Febre Amarela ou Dengue?
A febre amarela é uma doença infecciosa causada pela picada tanto do Aedes aegypti quanto pela picada do mosquito Haemagogus sabethes e que pode levar ao aparecimento de sintomas semelhantes ao da dengue, como dor de cabeça, febre e dores musculares.
No entanto, os sintomas iniciais da febre amarela e da dengue são diferentes: enquanto que na fase inicial da febre amarela são observados vômitos e dor nas costas, na dengue observa-se cansaço generalizado. Além disso, na febre amarela a pessoa passa a ter icterícia, que é quando a pele e os olhos ficam amarelados.