Ela é diretora da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) e pesquisadora de gênero e direitos humanos. Tradição é que o primeiro da lista fosse nomeado pelo presidente da República.
A professora Angelita Pereira de Lima foi nomeada nesta terça-feira (11) como nova reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ela era o terceiro nome entre os indicados da lista tríplice, escolhidos pela comunidade acadêmica. Por lei, o presidente da República deve nomear um dos três selecionados. Porém, a tradição é que o escolhido fosse o primeiro nome da lista.
Angelita é diretora da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC). Formada em Jornalismo, é mestra em Educação Brasileira e doutora em Geografia pela UFG.
Angelita é professora da UFG desde 2002 e tem foco em produção de texto jornalístico, jornalismo literário e narrativas de vidas, além de jornalismo investigativo e de dados. Ela também é pesquisadora de gênero e direitos humanos, sendo professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Escolha
A lista tríplice é feita com o nome dos professores mais votados dentro da universidade. Os nomes, então, são encaminhados para o Ministério da Educação (MEC) para que o novo reitor seja nomeado.
Na UFG, a mais votada foi a atual vice-reitora, Sandramara Matias Chaves, que atualmente está no cargo de reitora em exercício. Em segundo lugar ficou a professora Karla Emmanuela Ribeiro Hora. Angelita Pereira de Lima completou a lista tríplice.
“Eu sou a primeira da lista e, lamentavelmente, foi nomeada [a terceira pessoa]. [Lamentável] Não pela pessoa da professora Angelita, que é diretora da Faculdade de Informação e Comunicação, pessoa extremamente competente e respeitada, mas o que é lamentável é que a vontade da comunidade universitária, o processo que aconteceu no conselho universitário, não tenha sido respeitado, indicando a primeira da lista”, disse a vice-reitora, Sandramara Matias.
O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) considerou a nomeação da terceira pessoa na lista tríplice como uma forma de ignorar a autonomia da universidade.
“A professora Angelita é lutadora, competente, de muita admiração por toda comunidade, mas não escolher o primeiro nome da lista, que é a tradição, é uma tentativa de bagunçar, não respeitar a democracia e autonomia da universidade”, disse o presidente do sindicato, Flávio Alves da Silva.