Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, compareceu nesta quarta-feira ao plenário da Casa sete anos após ter tido o mandato cassado, em 2016. O ex-parlamentar, que tentou ser eleito no ano passado, acompanhou a posse de sua filha, Danielle Cunha (União-RJ), como deputada federal.
— Emocionante voltar para a posse da minha filha filha — disse Cunha.
Ao abordar o cenário político, o ex-deputado elogiou um aliado antigo, Arthur Lira (PP-AL). Atual presidente da Câmara, Lira é o nome favorito na disputa pelo comando da Casa, que será realizada nesta tarde e pode render ao parlamentar a maior votação já dada a um candidato à Presidência da Casa.
— Fez um grande bloco, conseguiu apoio. Fez um bom trabalho político — avaliou Cunha.
Ele evitou, porém, fazer uma análise sobre como seria a relação do novo governo federal com o Congresso eleito. Desde que deu andamento ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Cunha é adversário do PT.
— O Congresso sempre muda. Se é para melhor ou pior, só o tempo vai dizer — afirmou.
Cunha foi cassado em 2016 e chegou a ser preso no âmbito da Operação Lava-Jato. Em 2021, quando cumpria pena em casa, teve a prisão domiciliar revogada. No ano passado, pelo PTB, buscou um assento na Câmara pelo Estado de São Paulo. Com apenas 5.944 votos, não foi eleito.
Já Danielle Cunha recebeu mais de 75 mil votos no Rio de Janeiro, o que rendeu a ela uma vaga no congresso. Ela disse que seu mandato será focado em alguns temas, como empreendedorismo.