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Nova operação investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde de Goiânia

Policiais da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) deflagraram nesta terça-feira (17/12) uma nova operação que investiga corrupção e o desvio de R$ 10 milhões na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. São cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão. Os alvos dos mandados não foram revelados, mas seriam servidores do alto escalão.

O dinheiro desviado seria fruto de uma fraude em um convênio firmado entre a secretaria e uma prestadora de serviços. Ao todo, quase 100 policiais civis estão nas ruas para cumprir as medidas judiciais.

Por meio de nota, a Prefeitura de Goiânia informou que “está colaborando com as investigações da Polícia Civil de Goiás no âmbito da operação Speedy Cash.  A administração municipal destaca compromisso com a transparência e a lisura na gestão pública, assegurando que todas as informações e documentos solicitados serão e estão sendo fornecidos para esclarecer os fatos” e que “caberá ao interventor adotar todas as medidas administrativas cabíveis conforme o andamento das investigações”.

A SMS ainda não se manifestou sobre a operação de hoje.

Crise na Saúde

A operação desta terça é mais um capítulo na profunda crise pela qual passa a pasta da Saúde em Goiânia. No dia 27 de novembro, o secretário titular, Wilson Pollara, foi preso por seu envolvimento em supostos esquemas de desvio de verbas. Desde então, dois secretários assumiram e então entregaram o cargo em menos de uma semana. 

Neste período, pacientes morreram aguardando leitos de UTI na rede municipal e houveram paralisações de atividades e protestos das equipes médicas por falta de pagamentos e de insumos básicos como seringas e luvas.

A justiça estadual determinou a intervenção do governo de Goiás no município e Márcio de Paula Leite foi nomeado interventor no dia 11 de dezembro para tentar sanar a crise que persiste.