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Polícia de Goiás investiga grupo em SP por golpes das “missões”

Uma operação da Polícia Civil de Goiás investiga um grupo suspeito de aplicar fraude eletrônica popularmente conhecida como “golpe das missões”. Os criminosos realizam uma abordagem ‘acessível’, prometendo dinheiro fácil e até pagamentos de pequenos valores para ganhar a confiança das vítimas feitas no Estado. Os prejuízos chegam a R$ 500 mil. A ação dos policiais ocorre em São Paulo, Embu das Artes, Francisco Morato, Guarulhos, Itapevi, Diadema e Ferraz de Vasconcelos.

De acordo com informações da polícia, as “missões” delegadas às vítimas eram variadas, geralmente ligadas ao marketing digital. A exemplo de seguir alguém nas redes sociais, curtir publicações e deixar avaliações positivas sobre estabelecimentos no Google, ocasiões que, segundo os policiais, geram um ciclo vicioso em que se precisa fazer o próximo investimento para conseguir recuperar o anterior. 

Para dificultar a investigação e o rastreamento de valores recebidos, os investigados abriram múltiplas contas bancárias em diferentes instituições para dispersão de valores. Além disso, alguns dos suspeitos possuíam empresas de fachada, registradas como inaptas ou sem atividade econômica real, e eram usadas como uma “cobertura” para disfarçar a origem dos valores e facilitar as transferências sem suspeitas. 

Uma das empresas envolvidas, registrada em nome dos líderes da organização criminosa, serviu como intermediadora das transações financeiras ilícitas e teve um aumento exponencial em seu capital social para R$ 6 milhões. Além disso, possui outras quatro empresas abertas no exterior. A referida empresa possui 6.947 reclamações no site “Reclame Aqui”, a maioria relacionadas a depósitos em plataformas de jogos online, o chamado “golpe das missões”. 

Outra operação também em São Paulo 

A operação Illusio, também da Polícia Civil de Goiás, investiga um esquema de fraude eletrônica, furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As vítimas foram induzidas a realizar transferências financeiras sob o pretexto de “segurança de conta” após golpistas usarem técnicas criminosas avançadas de engenharia social.

As operações fraudulentas, que ocorreram entre os dias 10 e 16 de novembro de 2022, resultaram em transferências que totalizaram um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil. 

Ao todo, as duas operações buscam cumprir 68 mandados judiciais. Até a publicação desta reportagem, 12 pessoas haviam sido presas.