O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP), projeta diversas obras de infraestrutura para 2022, entre elas uma ampliação significativa na rede de educação.
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP), projeta diversas obras de infraestrutura para 2022, entre elas uma ampliação significativa na rede de educação. Segundo ele, o objetivo é construir sete escolas e cinco centros municipais de educação infantil (Cmeis).
Ao ser questionado pela reportagem sobre o foco para o próximo ano, Naves disse que é “manter tudo que temos funcionando e avançar muito mais”. O mandatário fez um breve balanço de 2021 e os objetivos para o próximo ano no encerramento do Natal de Coração, na Praça Bom Jesus, na noite de terça-feira (21).
“O objetivo é trazer a grande retomada para a cidade de Anápolis”, completou Roberto Naves, citando a ampliação do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). Em abril deste ano o governo de Goiás fez a doação de duas áreas da Plataforma Logística Multimodal para a Codego (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás), que serão anexadas ao Daia.
Essa ampliação deve gerar ao menos 200 novas indústrias para Anápolis, com 5 mil novos empregos. O desafio da Codego agora é dotar os terrenos de infraestrutura e formular o estatuto para ocupação dos lotes pelos novos empreendimentos. O prefeito de Anápolis promete seguir na articulação para que isso se torne realidade, assim como fez para garantir a transferência das áreas.
Roberto Naves também afirmou que trabalhará para duas obras importantes para o trânsito em 2022: o viaduto que ligará a Avenida Pedro Ludovico ao Polocentro e o viaduto do Recanto do Sol. Esse segundo elevado é uma obra federal, prometida por diversas vezes pelo ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) ao longo dos dois últimos anos.
O prefeito também falou que pretende concluir o prédio da Praça 31 de Julho, projetado nas gestões passadas para ser a Câmara Municipal, mas que agora se tornará parte do centro administrativo. Em julho deste ano foi feita uma solenidade para anunciar o novo projeto, que está em fase de licitação para contratação da empresa que concluirá a obra.
O novo centro administrativo terá cerca de 6 mil metros quadrados de área construída, três pavimentos reservados para os setores administrativos e espaços como sala multiuso e auditório com 408 lugares.
A obra inacabada acabou se transformando em um problema histórico. Foram R$ 7 milhões utilizados até a sua paralisação. Novos cálculos serão feitos para definir os valores para sua conclusão. Um estudo foi feito por empresa especializada para atestar que a estrutura é sólida, mesmo após ter ficado vários anos sofrendo com a ação do tempo.
Roberto Naves também anunciou a construção de mais 11 arenas poliesportivas, um projeto que deu certo na sua primeira gestão.
“Realmente vamos colher os frutos do trabalho que fizemos ao longo de cinco anos e entrega-los de presente para toda a população anapolina”, ressaltou o prefeito.
Desempenho
Na entrevista foi pedido ao prefeito que fizesse uma avaliação do próprio desempenho. Ele respondeu que devido ao envolvimento é impossível esse tipo de análise, mas disse que garante à população que trabalha 24 horas por dia, dando o seu máximo para a cidade.
“Nos momentos bons estou dando meu máximo 24 horas por dia e nos momentos em que a gente tem que enfrentar problemas, tem que trazer notícias que não são boas, eu também estou trazendo meu máximo 24 horas por dia para respeitar e transformar o dinheiro público em benfeitorias e qualidade de vida para o cidadão”, respondeu Roberto Naves.
O prefeito também falou sobre os projetos enviados para votação dos vereadores em sessão extraordinária, que será realizada nesta quinta-feira (23). “Temos várias pautas, algumas muito boas, como o reajuste do servidor e Torcida Premiada, outras meramente administrativas e tenho outra pauta que não considero muito boa, não estou feliz, mas sou obrigado a fazer que é a revisão da tabela no que diz respeito ao IPTU”.
Segundo o prefeito, tem muita gente dizendo que se trata de um aumento do IPTU, mas na verdade o projeto se refere à revisão da Planta Genérica de Valores, que não sofria modificações há cinco anos. “E eu como gestor, a partir do momento que não cumpro a lei, posso ser responsabilizado por estar renunciando receita”, justificou.
Roberto Naves disse que pediu ao secretário Valdivino Oliveira (Economia) que ao fazer a revisão, algo obrigatório e preconizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), solicitou que fosse o valor mínimo – o projeto estabelece em 22%.
“Se é o mínimo dentro da legalidade que temos que fazer, vamos fazer. Mas aqui perto temos exemplos diferentes. A Planta de Goiânia foi reajustada com o mínimo de 70%. O que estamos garantindo é o mínimo do mínimo nessa nossa Planta”, disse Roberto.
O prefeito comentou ainda que em cinco anos os imóveis valorizam muito mais do que o percentual estabelecido na propositura, mas se a lei permite apenas esse reajuste é isso que será feito. “Não estou feliz, não queria fazer, mas a partir da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece que não posso renunciar receita, houve a necessidade de fazer [o reajuste] e é por isso que enviei o projeto”, concluiu.