O portal de notícias dos goianos!

“Melhor presente de Natal”, diz mãe sobre a filha que deixou a UTI após ter 60% do corpo queimado

Estudante, que teve 60% do corpo queimado em acidente com experimento em um colégio de Anápolis, foi transferida para a enfermaria após 26 dias na UTI e segue internada no Hugol, em Goiânia

A estudante Annelise Lopes Andrade, de 16 anos, que teve 60% do corpo queimado durante experimento químico em um colégio estadual de Anápolis, foi transferida na tarde da última quinta-feira (23), para uma enfermaria após ficar 26 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia.

A informação foi confirmada pela mãe da jovem, Diolange Carneiro. “Meu presente de Natal. Nossa menina é um milagre de Deus, vamos continuar em oração por ela”, escreveu a mãe em publicação em redes sociais.

Nos primeiros dias de tratamento o quadro da estudante era grave e ela respirava com a ajuda de aparelhos. Na segunda semana de dezembro os médicos começaram a retirar a sedação da estudante. Em seguida, ela teve a medicação para pressão arterial suspensa e começou a responder a estímulos.

Segundo Diolange Lopes a estudante iria passar pelo sétimo desbridamento – o processo de retirada de tecidos de pele desvitalizados.

Ainda segundo a mãe, Annelise continua tendo picos de febre e está fazendo uso de antibióticos. Diolane estava feliz porque “na enfermaria, poderá acompanhar a filha todos os dias”, comemorou. 

Relembre o caso

Annelise sofreu queimaduras em grande parte do corpo durante um experimento. O acidente ocorreu no dia 30 de novembro, no colégio Estadual Professor Heli Alves Ferreira, no bairro Jundiaí, zona sul de Anápolis.

A estudante e quatro colegas estavam em aula remota, mas pediram autorização para ir ao colégio fazer um experimento das disciplinas de física e química. A coordenação da escola atendeu à solicitação e disponibilizou uma sala para os estudantes. Ao utilizarem álcool no experimento, ocorreu uma explosão que atingiu Annelise nos braços, tronco e pernas.

A intenção dos alunos era fazer um vídeo do experimento e Annelise era quem estava gravando com o celular na hora da explosão.

A coordenação do colégio alega não ter sido informada pelos alunos de que eles usariam álcool na atividade. Nenhum professor acompanhava de perto o que eles estavam fazendo. Annelise foi a única que se machucou.