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Cloroquina provoca danos em vasos sanguíneos e pode agravar doença

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e publicado na revista científica ‘Toxicology and Applied Pharmacology’ mostrou que a cloroquina causa disfunção nas células endoteliais, presentes nos vasos sanguíneos, o que prejudica a circulação sanguínea e órgãos como coração e pulmões.

“A conclusão é de que o efeito colateral agrava uma das principais causas de mortalidade da doença provocada pelo novo coronavírus, anulando potenciais benefícios”, concluíram os pesquisadores.

No estudo, em que foram usadas quantidades semelhantes às absorvidas pelo corpo humano, a cloroquina induziu ao funcionamento incorreto e até à morte da célula, o que pode afetar a circulação sanguínea, e consequentemente, órgãos como coração, rins e pulmões.

Para chegar a essa comprovação, o pesquisador trabalhou com linhagens de células endoteliais humanas extraídas de vasos sanguíneos, que foram cultivadas na presença de cloroquina, em concentrações incapazes de causar a sua morte celular, por até 72 horas.

“Observou-se que, durante esse período, a célula induziu significativamente a cumulação de organelas ácidas, aumentou os níveis de radicais livres e diminuiu a produção de óxido nítrico, levando ao stresse oxidativo e dano celular. Este processo, chamado de disfunção endotelial, pode resultar no funcionamento incorreto ou até na morte da célula”, frisou a UFPR em comunicado.