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Decretos que fecham serviços não essenciais entram em vigor em Goiânia e pelo menos sete cidades da Região Metropolitana

Medida é para conter a avanço da Covid-19, mas dia começou com aglomeração em terminal de ônibus. Para que atividades possam ser retomadas, ocupação das UTIs deve ficar em 70% por cinco dias. Este índice estava em 97% no início desta segunda-feira.

Novo decreto de lockdown em Goiânia e Aparecida será divulgado hoje, 27

Os novos decretos que fecham serviços não essenciais para tentar conter a pandemia de Covid-19 entraram em vigor nesta segunda-feira (1º) em Goiânia e pelo menos sete cidades da Região Metropolitana (veja quais são as atividades essenciais ao fim do texto). Segundo os documentos, a reabertura dos estabelecimentos deve acontecer após a taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ficar em, no máximo, 70% durante cinco dias seguidos. Nesta manhã, 97% dos leitos da rede estadual estavam ocupados.

Apesar de o decreto já estar valendo, imagens feitas no Terminal Praça da Bíblia no início desta segunda-feira mostram que a aglomeração no transporte público continua, pois as plataformas estavam lotadas de pessoas esperando para embarcar em ônibus (assista abaixo).

A expectativa dos gestores era que, com as restrições de funcionamento das atividades, a demanda diminuísse de forma significativa no transporte coletivo.

G1 pediu um posicionamento, por e-mail enviado às 8h53, para a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) e para a Prefeitura de Goiânia sobre o movimento registrado e aguarda retorno.

Na maior parte das cidades, o decreto vale por sete dias. Depois desse período, as medidas serão reavaliadas pelas prefeituras, podendo ser prorrogadas. O documento foi discutido entre prefeitos e secretários de saúde no sábado (27).

As cidades que já decretaram o fechamento de atividades não essenciais por uma semana foram Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Nova Veneza, Inhumas, Goianira, Bonfinópolis. Já Caturaí estabeleceu as mesmas regras, mas pelo período de 15 dias.

Bares, restaurantes, comércios de rua, academias e igrejas deverão ficar fechados durante esse período (veja abaixo as atividades consideradas essenciais). No entanto, cada cidade teve autonomia para definir especificidades de alguns setores, como escolas particulares e feiras livres.

“São restrições para que possamos cuidar da vida das pessoas”, disse o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).

Nos hospitais, atendimento ambulatorial continuará mantido, mas com capacidade reduzida e por agendamento. A urgência e emergência seguirá funcionando normalmente. O decreto mantém a autorização para aulas presenciais em escolas particulares com até 30% dos alunos em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade.

Já Senador Canedo informou que não vai fechar o comércio, mas vai seguir com restrições, como limitação de horário de funcionamento e quantidade de pessoas nos estabelecimentos.

No estado, o governo decretou que os servidores da administração direta, de autarquias e fundações trabalhem de maneira remota. As atividades essenciais não sofreram alteração. Unidades do Vapt Vupt continuarão atendendo presencialmente.

“Estamos hoje pagando a conta do carnaval. Isso que eu peço a reflexão a todos. Reflitam, não sejam egoístas, usem máscara. Estamos transformando salas de cirurgia em UTI. Estamos ocupando todo espaço hospitalar que possa se transformar em UTI. Mas temos um fator limitando, que são as equipes de saúde, que estão estafadas”, disse o governador Ronaldo Caiado (DEM).

Foram consideradas atividades essenciais os seguintes setores:

  • Estabelecimentos de saúde, laboratórios, clínicas, farmácias e drogarias
  • Cemitério e funerárias
  • Distribuidoras e revendedoras de gás e de combustíveis
  • Supermercados e mercearias
  • Distribuidoras de água
  • Açougues, peixarias, laticínios, frutarias e verdurões
  • Panificadoras, padarias e confeitarias, somente para retirada no local ou na modalidade delivery
  • Hospitais e clínicas veterinárias, incluindo estabelecimentos comerciais de fornecimento de insumos e gêneros alimentícios para animais
  • Estabelecimentos comerciais que atuem na venda de produtos agropecuários exclusivamente na modalidade delivery, ou retirada no local
  • Agências bancárias
  • Indústrias de bens essenciais à saúde, higiene e alimentação humana e animal
  • Serviços de call center, restritos às áreas de segurança, alimentação, saúde, telecomunicações e de utilidade pública
  • Segurança pública e privada
  • Empresas de transporte público e privado
  • Empresas de saneamento, energia elétrica e telecomunicações
  • Restaurantes e lanchonetes somente para retirada no local
  • Hotéis e pousadas
  • Setores que produzam itens para o combate à pandemia de Covid-19
  • Assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade
  • Obras da construção civil de infraestrutura do poder público, além dos estabelecimentos comerciais e industriais que lhes forneçam os respectivos insumos
  • Restaurantes e lanchonetes localizados às margens de rodovia, com atendimento de no máximo 30% da capacidade
  • Oficinas mecânicas e borracharias situadas às margens de rodovia, sendo que as demais devem fazer atendimentos apenas em situação de urgência
  • Autopeças, exclusivamente na modalidade delivery
  • Estabelecimentos privados de educação, limitada ao máximo de 30% da capacidade total
  • Cartórios extrajudiciais
  • Atendimento ao público nas Centrais de atendimento Atende Fácil
  • Coleta, tratamento de lixo e varrição urbana
  • Organizações religiosas para atendimentos individualizados previamente agendados, ficando vedada a realização de missas, cultos, celebrações e reuniões coletivas.